Sei que a maioria está cansada de eleições, de horário gratuito e de políticos. Não é pra menos. Conversando aqui e ali, vi que muitos defendem um candidato, outros, outro; uns dizem que eleição não adianta de nada, pois, no final das contas, todo político depois que chega ao poder trabalha apenas para se manter lá. Principalmente, o que percebi, é que a maioria não queria mais votar mesmo, não fosse obrigatório. E essa é uma posição que tende aumentar.
Modestamente, depois de conversar com amigos, acho que algumas regras deveriam mudar para que as eleições sejam mais justas e reflitam a opinião do povo ou, ao menos, imprevisíveis e divertidas.
A primeira medida seria tornar as eleições não obrigatórias, vota quem quer, mas quem votar teria suas vantagens. Poderia, por exemplo, concorrer a prêmios. E para tornar mais interessante e imprevisível a eleição, dou a seguinte sugestão: os eleitores do candidato menos votado concorreriam a casas, carros e eletro domésticos. Valeria apenas para os cargos do executivo (Prefeito, Governador e Presidente). Por exemplo, aqueles que votaram no governador menos votado, concorreriam a uma casa, 5 carros e diversos televisores, geladeiras etc. O efeito colateral desta medida é que os interessados prestariam atenção aos concorrentes. Queria ver assim as previsões do Ibope.
Uma parte dos cargos do legislativo (Vereador, Deputado Estadual, Deputado Federal e Senador), digamos 25%, seriam escolhidos por sorteio. Quando tira seu título, o Eleitor decide se aceita concorrer ou não. Imagine-se, caro leitor, você está lá votando e a urna começa a apitar e sai a mensagem que você foi eleito para Deputado Federal, com salário, assessores, passagens aéreas e demais verbas de representação. Mas, atentem, quem se candidatou não pode ser sorteado. Convenhamos, melhoraria bem o nível, não? Tome como exemplo a Câmara de uma cidade com vinte vereadores. Cinco entrariam ao acaso.
Os votos poderiam deixar de ser secreto, desta forma quem votou no Candidato poderia referendá-lo... ou não. Uma espécie de desvoto que deselegeria aqueles que não correspondessem. Já pensou no medão dos eleitos?
Mas a melhor de todas é o voto contra. Funciona assim: você já vota a favor de um candidato (ou branco, ou nulo). Agora, além de votar a favor de um, votaria contra outro. Explico: você votaria em A para Presidente e contra B. O resultado final seria o saldo de votos obtidos pelo candidato. E mais, se o candidato ficar com saldo negativo, ele já entra nas próximas eleições com esse saldo, seja lá o cargo que concorra. Perceba que muitos políticos já teriam desistido há muito. O slogan de alguns seria: “Ajude-me a zerar os meus votos”. Os partidos também seriam mais sérios: caso você não saiba, o número de cadeiras no legislativo é proporcional aos votos do partido, assim, com os votos negativos, os partidos não lançariam vários dos candidatos que temos hoje.
Seria incluído para todos os cargos a opção NDC (Nenhum Desses Candidatos) com o número 0 (zero). Esta alternativa contaria como menos um voto para todos os candidatos àquele cargo. Há quem sugerisse que a sigla fosse NDFDP ou VTAPQP e outros tantos que é melhor nem citar.
Agora, talvez você me pergunte: “Você acha mesmo que essas medidas melhorariam?”.
Não. Sinceramente, acho que não. Mas, ao menos, durante um tempinho, riríamos deles, assim como eles se divertem às nossas custas.
2 comentários:
Adorei o Voto-Contra....acho que eu só iria usar este...rsrs
Beleza, bela proposta, já aderí ao voto nulo. Fais, me siga também: http://mimicanoaquariopredileto.blogspot.com/. Abraço do Lincoln.
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