Há muitos verões meu carnaval
era de folia. Naquela época eram quatro noites no salão, às vezes cinco, pois
em alguns lugares tinha um pré-carnaval na sexta; e duas matinés em que as
meninas levavam seus irmãos menores. Não se trabalhava na segunda, e na quarta
só depois do almoço. Não tinha carnaval da TV, só alguns flashes de um ou outro
baile no Rio.
Era comum namorados e namoradas
terminarem para brincar o carnaval sozinhos, ou melhor, com outros.
Rolava umas bebidas, um pouco
de lança-perfume, alguns domésticos, chamados Loló, e droga se tinha era pouca e escondida. Alguns blocos, fantasias e
muitas brigas. Foi-se!
Onde moro uma semana antes
tem um baile de máscaras e no Bar do Bosque do Clube, duas noites tem música ao
vivo, algumas até de carnaval das antigas.
Por isso, pensei no que ler
no Carnaval. Os dias são calmos, quase tudo funciona em ritmo lento.
Pensei também em criar um
evento no facebook para os amigos se sentirem estimulados a ler e postar também
algumas dicas de livros e leitura, uma espécie de uma campanha que abrangesse
em especial professores. Então, se você se animar
também aqui está o endereço da página: https://www.facebook.com/events/1422911647947062.
A minha primeira sugestão, se
você é leitor habitual, leia ou releia um clássico. Estou relendo quase tudo de
Machado de Assis e estou impressionado com as novas descobertas. Ele é muito
melhor do que minha memória juvenil guardou. Agradeço muito aos professores que
me fizeram lê-lo pois o prazer da releitura é muito maior que o da primeira
vez.
Ainda pra você, leitor
habitual, talvez a leitura de um dos novos autores que vem surgindo ou alguns
menos conhecidos.
O ganhador do prêmio Jabuti,
Menalton Braff, é uma boa pedida.
Se você faz parte da maioria
que diz que gosta de ler e lê pouco, sugiro leituras mais leves: os contos
curtos de Luís Fernando Veríssimo em “Comédias da Vida Privada” ou “Analista de
Bagé”; talvez o tradicional “O Homem que sabia Javanês” de Lima Barreto. Na
linha das histórias curtas, há também “Os 100 melhores contos do século XX”.
Àqueles que gostam de
conselhos e psicologia “Não Faça Tempestades em Copos D’água” (Richard Carlson)
ou o clássico dos clássicos em filosofia “O mal-estar na civilização” de Freud
são leituras que valem a pena.
Eu comprei um tablet de 10
polegadas. Achei que ia sentir falta do papel... Que nada! Estou adorando
carregar comigo centenas de livros. Graças ao tablet li cerca de 20 livros em
2013. Se você já aderiu em procure por “Lê Livros” no google e você vai se
surpreender com o tanto de livros disponíveis, boa parte deles de graça.
Com os arquivos no formato
.EPUB você pode virar a página com o dedo e ainda escolher o tamanho da letra,
ótimo para quem precisa de óculos para ler de perto.
Fica porém um conselho para o
ano todo: não leia demais!
Assim como comida, é preciso digerir. Troque livros
com os amigos, converse sobre o que leu. Quatro bons livros no ano são
suficientes, se não der, dois livros de boa qualidade está muito bom. Mas leia.
Leia literatura.
Se mesmo assim, você não
tiver tempo, faça parte de nosso evento no facebook: vou postar lá contos
curtos e poemas. É de graça e não faz mal a ninguém.
Bom carnaval!